Justificativa
A diversidade cultural e biológica constitui condição fundamental para a sustentabilidade dos sistemas socioecológicos. No entanto, ambas as formas de diversidade estão sendo erodidas rapidamente, numa crise socioambiental sem precedentes na história. A erosão da diversidade cultural, expressa como homogeneização das práticas, dos costumes, das instituições, aumenta a similaridade das culturas humanas (malgrado as resistências locais) e diminui os recursos que a humanidade tem à sua disposição para a adaptação a condições sociais e ambientais mutáveis, com frequência levando a perda de resiliência dos sistemas socioecológicos.
A erosão da diversidade biológica traz sérios riscos de interrupção da provisão de serviços ecossistêmicos necessários à qualidade de vida e sobrevivência humanas e constitui grave problema de ordem ética, seja dentro de uma abordagem que atribui atribuição de valor intrínseco aos processos e sistemas biológicos e ecológicos (conforme uma ética biocêntrica ou ecocêntrica, que vai além do antropocentrismo focado nos serviços ecossistêmicos), seja do ponto de vista da atribuição de responsabilidade à nossa espécie, responsável por uma extinção em massa que decorre de suas escolhas e decisões (ainda que esta capacidade de decisão não seja igualitariamente distribuída entre os humanos, o que adiciona uma dimensão democrática ao problema).
Diante desse cenário, a comunidade científica e as instituições que as abrigam, como as universidades,não podem se furtar a assumir seu papel, sua responsabilidade. Ao buscar fazê-lo, no entanto, dois obstáculos notáveis surgem: a fragmentação do conhecimento científico diante da complexidade dos problemas socioambientais e das interrelações de seus vários componentes; e o distanciamento entre a produção de conhecimento científico e as práticas sociais, a tomada de decisão, a gestão, que tem sido denominado lacuna pesquisa-implementação, ou lacuna pesquisa-prática, ou lacuna saber-fazer. Tornase central para a comunidade científica e as universidades, desse modo, o desenvolvimento de pesquisa integrada sobre diversidade e a construção de pontes sobre a lacuna pesquisa-implementação. Neste contexto a área de Biologia da UFBA e o INCT em Estudos Interdisciplinares e Transdisciplinares em Ecologia e Evolução (IN-TREE) têm experiência acumulada que será colocada à disposição da UFBA para uma melhor abordagem deste tema.
Objetivos
Elevar o nível de internacionalização das pesquisas conduzidas no tema Diversidade, Pesquisa Integrativa e a Relação Universidade-Sociedade.
Descrição
Buscaremos elevar o nível de internacionalização da pesquisa e da formação pós-graduada relacionada a este tema através do apoio aos meios que favorecem a circulação internacional do conhecimento. Estes meios incluem, entre outros, o apoio à publicação em línguas estrangeiras, em particular em inglês; apoio a estágios doutorais no exterior na forma de bolsas doutorado sanduíche; apoio a estadas e missões de nossos pesquisadores nos centros de pesquisa no exterior com os quais o tema é desenvolvido; atração de pesquisadores com experiência internacionalizada para visitas e estadas na Universidade Federal da Bahia
Países Envolvidos
- África do Sul
- Alemanha
- Argentina,
- Austrália
- Áustria
- Canadá
- Chile
- Colômbia
- Dinamarca
- Espanha,
- Estados Unidos
- França
- Holanda
- Índia
- Itália
- Japão
- Namíbia
- Noruega
- Nova Zelândia
- Portugal
- Reino Unido
- Suécia
- Suiça
- Uruguai
Programas Participantes
- Biodiversidade e Evolução
- Ecologia e Biomonitoramento
- Ecologia
- Ensino, Filosofia e História da Ciência
Português, Brasil