Justificativa
Em todo o mundo, as pessoas vulneráveis adoecem mais e morrem antes daquelas que têm posição social privilegiada. Esta desigualdade decorre das formas históricas de organização social e de apropriação da riqueza, que têm se reproduzido no contexto atual de globalização. No Brasil, o passado escravagista e colonial deixou marcas que persistem até nossos dias. Vale acrescentar que a desigualdade social contribui para a deterioração dos ambientes em que vivemos e trabalhamos e de onde obtemos tudo o que utilizamos para suprir nossas necessidades, desde a alimentação até a produção de insumos para atividades agrícolas, industriais e comerciais. A utilização predatória dos recursos naturais põe em risco muitas espécies de seres vivos, compromete a biodiversidade e, em última instância, ameaça o futuro da vida no planeta Terra. A degradação ambiental, por sua vez, contribui para manter ou agravar as desigualdades sociais, notadamente quanto ao acesso à água potável, ao esgotamento sanitário, à coleta de lixo e ao ar puro, incluindo carências nutricionais e exposições a agentes químicos, físicos e biológicos. Portanto, os grupos vulneráveis têm suas condições precárias de vida determinadas tanto pela degradação ambiental, quanto por componentes estruturais da sociedade, como a classe social, além de fatores relacionados, como padrões de desenvolvimento econômico, relações étnico-raciais e de gênero, condições de trabalho, acesso à rede de proteção social e outros determinantes relativos a aspectos psicossociais, culturais e locais. Ademais, as mudanças climáticas antropogênicas têm provocado desastres “naturais”, desertificações e outros fenômenos com impacto negativo na biodiversidade e na saúde das populações. A saúde, conforme a lei brasileira, é um direito de todos e um dever do Estado. A contribuição da pesquisa científica, por meio da produção de conhecimento e do desenvolvimento tecnológico, é essencial para assegurar a eficácia desse direito. O conhecimento técnico-científico - apoiado na biologia, imunologia, patologia, epidemiologia e na análise sócio-histórica, entre outras áreas - é necessário para formular, implantar e avaliar políticas que possam contribuir para o bem-estar de todos e a redução das desigualdades estruturais. A UFBA, em particular, possui grupos de pesquisa e programas de pós-graduação dedicados a questões de inovação, saúde, ambiente e desigualdades sociais que têm êxito reconhecido na produção de conhecimentos e tecnologias.
Objetivo
Atrair jovens talentos e lideranças internacionais para atuarem nos programas de pós-graduação da UFBA.
Descrição
Atrair para a UFBA jovens talentos científicos e pesquisadores renomados e com expressiva atuação no exterior, com destacada produção científica e tecnológica, com o objetivo de estabelecer parcerias e treinamento de novos perfis de recursos humanos adequados à necessidade de desenvolvimento do Brasil.
Países Envolvidos
- África do Sul
- Alemanha
- Áustria
- Bélgica
- Canadá
- China
- Dinamarca
- Espanha
- Estados Unidos
- Finlândia
- França
- Holanda
- Irlanda
- Israel
- Itália
- México
- Nova Zelândia
- Portugal
- Reino Unido
Programas Participantes
- Biotecnologia
- Ciência Animal Nos Trópicos
- Ciência da Saúde
- Comunicação e Cultura Contemporânea
- Enfermagem
- Ensino, Filosofia e História da Ciência
- Farmácia
- Filosofia
- Imunologia
- Medicina e Saúde
- Multicêntrico em Ciências Fisiológicas
- Multicêntrico em Bioquímica e Biologia Molecular
- Odontologia e Saúde
- Patologia Humana
- Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas
- Saúde Coletiva