Justificativa
O conceito da Indústria 4.0 foi pela primeira vez utilizado em 2011 na feira de Hannover como um projeto alemão para promover maior competitividade da sua indústria, o que seria alcançado com o foco na aplicação de novas tecnologias no contexto industrial. Termos como “Advanced Manufacturing” ou mesmo “Industrial Internet of Things” são equivalentes e comumente utilizados pela comunidade internacional. Geralmente, estes termos também associam o que vem sendo denominado de Quarta Revolução Industrial. Há defensores da ideia de que a partir dos anos 1970 se iniciou uma Terceira Revolução Industrial e há ainda aqueles que não concordem com isso. Independente da crença, é inegável a transformação tecnológica vivenciada nas últimas décadas, especialmente pelo desenvolvimento da microeletrônica e computação. Instituições brasileiras como o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, em sua Edição no 797 de Jul/2017, ainda defende que, “uma diferença crucial entre a Indústria 4.0 e as revoluções industriais que a precederam é que o novo paradigma dos meios de produção não foi constatado após seu desenvolvimento e impacto no mercado, mas previsto e anunciado a priori.” E completa: “...é preciso tratar o tema de forma séria e imediata, reunindo esforços do setor privado, governo e academia, de forma a mitigar riscos e aproveitar ao máximo as oportunidades relacionadas a essa tendência”. Assim sendo, independentemente de crenças ou denominações, um fato mundialmente reconhecido é a atual transformação nos serviços e processos produtivos. Neste contexto, existem questões à serem definidas, inclusive qual será a posição que o Brasil deseja ocupar neste novo cenário; qual será o papel da academia brasileira e, no nosso caso, como a UFBA se inclui nesta nova revolução. Cabe à academia se ver e se posicionar diante desta revolução tecnológica predita. Mais do que isso, cabe a esta Universidade definir o local que almeja ocupar neste novo cenário tecnológico. As mudanças tecnológicas em questão apontam minimamente para mudanças econômicas, sociais, ambientais e educacionais, envolvendo não apenas a formação de recursos humanos qualificados, mas também consumidores com maior acesso a informação e tecnologia. Tal cenário impõe a quebra de paradigmas sociais, incluindo a redução da desigualdade pela simples disseminação da informação, além de novas abordagens para a formação e transferência de conhecimento, da educação infantil ao ensino superior.
Objetivo
Aumentar a interação entre a UFBA e comunidade industrial para a realização de projetos de desenvolvimentos tecnológicos/científicos.
Descrição
Considerando a troca de experiências e a capacitação de docentes/discentes nos temas afins a Indústria 4.0 tal qual proposto no item anterior, há também o objetivo de aumentar a interação entre a indústria nacional e a universidade, entre outros, para o desenvolvimento de novos projetos em parceria. Acredita-se que tal quadro se dará através do domínio de novas tecnologias e soluções inovadoras de interesse e importantes para o desenvolvimento da indústria nacional, propiciando o desenvolvimento de novos processos e produtos baseados em novas tecnologias digitais com amplos benefícios à sociedade.
Países Envolvidos
- Alemanha
- Canadá
- China
- Estados Unidos
- França
- Itália
- Luxemburgo
- Noruega
- Portugal
- Reino Unido
Programas Participantes
- Engenharia Cívil
- Engenharia Elétrica
- Engenharia Industrial
- Engenharia Química – UFBA/UNIFACS
- Mecatrônica
- PROFNIT – Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia Para Inovação